terça-feira, 27 de setembro de 2011

PONTO DE VISTA


Quer dizer que a poesia dos céus
escreve-se com estrelas.
Sim, mas e quando há tempestades?
É... bem... quero dizer...

Estás vendo?
Empacaste qual mula
ao ver o bicho
que lhe atravessou o caminho.

Não... espere...
Há algo de belo nas nuvens plúmbeas,
no fragor dos ventos
e na luz dos raios,
embora o trovão atrapalhe um pouco
essa leitura.

E o que escreveste, então, sob o temporal?

Nada... porque...

Sei, não precisas responder.
Fizeste como eu e como todos.
Esperaste o tempo melhorar.

Decline, pois, de teu discurso tolo, meu caro.
Pois, para mim, não há poesia sem sol.

DADO CARVALHO
20.02.2011 – 00:15H

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