quinta-feira, 17 de setembro de 2015


BOLHAS DE SABÃO 

Mão direita, um canudo de taquara, 
E na esquerda, o caneco com sabão, 
Resta a lembrança do que ficara 
E a saudade, apertando o coração. 

Velhos sonhos coloridos, de criança,
 Nas bolinhas furta-cores de outrora... 
Quanta paz, alegria e esperança,
 Naquela alma de menino em plena aurora.

 Mas as bolhas que flutuam levemente,
 Vão seguindo seus destinos suicidas,
 Estourando qual o sonho inconsequente. 

Eram sonhos de imagens coloridas 
A esvanecer-se em bolhas, de repente, 
Figurando a ilusão de nossas vidas. 

Nicanor Pereira


Nenhum comentário:

Postar um comentário