sexta-feira, 4 de setembro de 2015

FOLHAS DE OUTONO

Vou perdendo o meu viço e minhas cores.
Aos poucos vou caindo como que bailando,
E na relva úmida, vou repousar  meu cansaço.

Não sou mais verde, vou perdendo as cores,
um amarelado sem viço já me domina,
e quem já abrigou flores perfumadas,
se afasta triste do tronco numa despedida,
diante da nova estação que anuncia a chegada,
do inverno úmido que vem frio e faz tremer.

Cumpri minha etapa da vida que se encerra,
e o verde que me identificava se exauriu.
O tronco da árvore que me abrigava,
agora não tem filhas para aquecer,
por ser um ciclo que a natureza me impõe;
mas na outra estação, surgirei exuberante.

Choram as flores, e os pássaros já cantam.
Despi-me de todas as minhas vaidades,
e o tronco, agora liso perdeu a altivez.
O vento encarregou-se de varrer todas as folhas,
Deixando saudades num suave despedir-se.


JAIRO VÁLIO

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